segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Camaleão

Tão antes eu era menino, inocente e inseguro,
Tão presente agora sou quase um homem, sagaz e maduro,
Tão amoroso quanto raivoso, anjo-animal, amor perigoso,
Tão diferente quanto a todos igual, fogo e agua agua e fogo.
Percorro o caminho da vida hora caminhando, hora correndo,
As veses paro arfando quase morrendo.

Se sou tolo posso ser sábio, ou um sábio tolo,
Mas não antes mudando minha imagem, todos os dias morro.

Sou agua, em tudo me formo e de nada tenho forma,
Posso ser visivel ou invisivel, posso saber sem que algo seja me dito,
No ar ou na terra te encontro e te convido.

Posso devorar ou me deixar ser devorado,
Sou o amor que tua ância mata sem ser convidado,
Sou a areia que escorre de tua mão, apenas mais um com alma de camaleão.



Edwin Lucas

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Condenado



Ai de mim que não passo de um condenado a te amar,
E mesmo te amando, só o teu sorriso faz meu coração sangrar,
Não digo a ti meu amor, para cair em prantos e a mim velar,
Apenas sorria e ame a quem quer te amar, e viva, por você e por mim
O sonho e eu não pude realisar.
- Amar e sempre amar até a ultima chama do coração apaixonado.



Edwin Lucas

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Olhar




Ai está a face da indiferença
Nem uma migalha do teu olhar
Me concedes, nem qualquer
Coisa de indugencia.

 Nem o teu desprezo e nem o
Teu medo, nem tua amizade ou
O teu amor, para mim tens apenas
O nada, nem mesmo rancor.

E cada vez que fujo mais te acho,
A cada suspiro, mais o teu cheiro
Trago, a cada sono de tristeza
Temo sonhar com a dor.

E assim vejo que de ti tenho
Somente o nada e de mim tens
Tudo, o meu amor e rancor E o meu
O olhar desejando mais e mais o teu amor.


Edwin Lucas

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um grito




Um grito meu Deus que o vento levou!
Um terror, uma dor e um desespero,
Adeus, pois dessa morte não tenho medo.

Um canto interrompido, mais uma vida levada,
Mais uma mulher sem filho, mas uma mulher desamparada,
Mais uma vitima da violência estúpida, mas um sonho despedaçado.

Que dor meu Deus! Que dor! Nada vejo nessa chuva de
Pranto desesperado, nada sinto com este corpo estirado,
Nada digo com essa boca ensangüentada, mas apenas
Ouço mais um entre tantos gritos.






Edwin Lucas

sexta-feira, 14 de outubro de 2011




A noite cai fresca e silenciosa,
Como uma princesa-amante,
A lua como a sua maior jóia,
Ela tem seu corpo ornado de brilhantes.

E eu desejando beijar teus delicados lábios
Sugar teu hálito fresco, minha maior gloria,
Como um lobo faminto de amor e paixão
Também silencioso, atento como um ladrão...



Edwin Lucas

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amanhã




Amanhã morrerei! E agora já sei.
Hoje quero te amar como nunca te amei,
Sem duvida ou medo, este é meu desejo.
Certamente morrerei amanhã! O que faço?
Hoje nada farei e apenas os teus olhos
Olharei e sem uma palavra direi que te amo.

Amanhã vou morrer, devo fugir?
Fugir para onde se não para os teus braços
Onde tranqüilo morro, grato por ter te amado
Mais do que pode meu coração.
Amanhã morrerei, esperarei a morte de olhos abertos?
Não, mas continuarei com olhos bem fechados,
Pensando nas lembranças que tenho contigo.

Vou morrer amanhã, o que deixo de herança?
Deixarei meus versos com o ensinamento de que
O verdadeiro amor nunca morre, mas se transforma
Sempre para o bem de que o recebe.
Amanhã vou morrer, sou jovem de mais...
A idade é uma ilusão pois, o importante é
O quanto faz-se o bem ou o mal.

O amanhã chegou e hoje morrerei, tenho
Um ultimo pedido? Sim, o teu eterno e ultimo
Beijo meu Sol, meu astro que me aquece
E ilumina o meu coração, quero tê-lo para mim
Como brasa que marca teu nome na minha mente
Até o fim do meu tempo, o ultimo suspiro.
Edwin Lucas

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Amor



Sou eu o reflexo do teu espelho, o ultimo grão de areia, o sonho
Que nunca sonhaste, a estrela que não te deixa, o amor que
Sempre ama (e nao ama), o ódio que nunca odeia

Sou poeta sem musa, casa sem parede, porta sem fechadura, sou
Dor e desejo do coração desesperado, sou fogo, sou fardo, lago de Lagrimas de onde rires sem saber porquê.

Sou o sussurro no teu ouvido, sou o arrepio da tua pele, sou o calor
Dos teus lábios, sou louco e ingrato, sou o amor.

Edwin Lucas