segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Camaleão

Tão antes eu era menino, inocente e inseguro,
Tão presente agora sou quase um homem, sagaz e maduro,
Tão amoroso quanto raivoso, anjo-animal, amor perigoso,
Tão diferente quanto a todos igual, fogo e agua agua e fogo.
Percorro o caminho da vida hora caminhando, hora correndo,
As veses paro arfando quase morrendo.

Se sou tolo posso ser sábio, ou um sábio tolo,
Mas não antes mudando minha imagem, todos os dias morro.

Sou agua, em tudo me formo e de nada tenho forma,
Posso ser visivel ou invisivel, posso saber sem que algo seja me dito,
No ar ou na terra te encontro e te convido.

Posso devorar ou me deixar ser devorado,
Sou o amor que tua ância mata sem ser convidado,
Sou a areia que escorre de tua mão, apenas mais um com alma de camaleão.



Edwin Lucas

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