segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Olhar




Ai está a face da indiferença
Nem uma migalha do teu olhar
Me concedes, nem qualquer
Coisa de indugencia.

 Nem o teu desprezo e nem o
Teu medo, nem tua amizade ou
O teu amor, para mim tens apenas
O nada, nem mesmo rancor.

E cada vez que fujo mais te acho,
A cada suspiro, mais o teu cheiro
Trago, a cada sono de tristeza
Temo sonhar com a dor.

E assim vejo que de ti tenho
Somente o nada e de mim tens
Tudo, o meu amor e rancor E o meu
O olhar desejando mais e mais o teu amor.


Edwin Lucas

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um grito




Um grito meu Deus que o vento levou!
Um terror, uma dor e um desespero,
Adeus, pois dessa morte não tenho medo.

Um canto interrompido, mais uma vida levada,
Mais uma mulher sem filho, mas uma mulher desamparada,
Mais uma vitima da violência estúpida, mas um sonho despedaçado.

Que dor meu Deus! Que dor! Nada vejo nessa chuva de
Pranto desesperado, nada sinto com este corpo estirado,
Nada digo com essa boca ensangüentada, mas apenas
Ouço mais um entre tantos gritos.






Edwin Lucas

sexta-feira, 14 de outubro de 2011




A noite cai fresca e silenciosa,
Como uma princesa-amante,
A lua como a sua maior jóia,
Ela tem seu corpo ornado de brilhantes.

E eu desejando beijar teus delicados lábios
Sugar teu hálito fresco, minha maior gloria,
Como um lobo faminto de amor e paixão
Também silencioso, atento como um ladrão...



Edwin Lucas

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amanhã




Amanhã morrerei! E agora já sei.
Hoje quero te amar como nunca te amei,
Sem duvida ou medo, este é meu desejo.
Certamente morrerei amanhã! O que faço?
Hoje nada farei e apenas os teus olhos
Olharei e sem uma palavra direi que te amo.

Amanhã vou morrer, devo fugir?
Fugir para onde se não para os teus braços
Onde tranqüilo morro, grato por ter te amado
Mais do que pode meu coração.
Amanhã morrerei, esperarei a morte de olhos abertos?
Não, mas continuarei com olhos bem fechados,
Pensando nas lembranças que tenho contigo.

Vou morrer amanhã, o que deixo de herança?
Deixarei meus versos com o ensinamento de que
O verdadeiro amor nunca morre, mas se transforma
Sempre para o bem de que o recebe.
Amanhã vou morrer, sou jovem de mais...
A idade é uma ilusão pois, o importante é
O quanto faz-se o bem ou o mal.

O amanhã chegou e hoje morrerei, tenho
Um ultimo pedido? Sim, o teu eterno e ultimo
Beijo meu Sol, meu astro que me aquece
E ilumina o meu coração, quero tê-lo para mim
Como brasa que marca teu nome na minha mente
Até o fim do meu tempo, o ultimo suspiro.
Edwin Lucas

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Amor



Sou eu o reflexo do teu espelho, o ultimo grão de areia, o sonho
Que nunca sonhaste, a estrela que não te deixa, o amor que
Sempre ama (e nao ama), o ódio que nunca odeia

Sou poeta sem musa, casa sem parede, porta sem fechadura, sou
Dor e desejo do coração desesperado, sou fogo, sou fardo, lago de Lagrimas de onde rires sem saber porquê.

Sou o sussurro no teu ouvido, sou o arrepio da tua pele, sou o calor
Dos teus lábios, sou louco e ingrato, sou o amor.

Edwin Lucas